30.7.08

Do alto de um sonho

Lá do alto do meu sonho
Eu te vi chegar.
Ofegante, "olha que te apanho",
Exclamaste, com a malícia do gostar.

Estendi-te a mão.
Estendi-te o coração
Para no sonho te deixar entrar.

Leve como o ar,
Com a força do gostar,
Meu amor, te levei pela mão,
Por mil cenários inventados,
Por mil palcos imaginados.

Terras longínquas e quentes,
Montanhas e vales resplandescentes,
Praias de calores ardentes...
Aqui descobrimos o nosso lar.

Aqui pudemos dançar
O tango dos sonhadores,
A valsa dos amores.

Nuvens e estrelas eram orquestra,
E a lua, sábia e mestra,
Madrinha desta festa.
Sussurava ela toadas já esquecidas
E histórias fantásticas nunca lidas.

...

"Bom dia... Estou cansada!", disseste.
"Como se toda a noite dançasse...".